quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Maldito coração

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Você se apaixona. Perdidamente. Faz e pensa em todas aquelas coisas bregas que só pessoas apaixonadas fazem e pensam (você diz que nunca vai fazer, mas não escapa, hehe!). Você divide seus pensamentos, sentimentos, tristezas, alegrias, a conta do boteco, o milkshake e a cama com essa pessoa. Alguns chegam ao extremo de dividir o mesmo e-mail! (nos dias de hoje talvez seja a coisa mais espantosa que um casal possa fazer junto, o resto, nada mais nos surpreende).

Então um dia a paixão acaba, de um lado, de outro, ou de ambos. Cada um vai para um canto e não se vêem mais. Depois que o nosso coração se regenera e estamos prontos para outra, aquele ser tão íntimo agora é uma lembrança que vez ou outra volta, mas se evapora rapidamente.

Você já esqueceu que aquele “ser” existe. Talvez até tenha jogado fora algumas das coisas que ele lhe deu. Talvez tenha rasgado aquela foto linda que tiraram juntos no parque (e se arrependido, ou não). Até que descobre, num fatídico dia, que aquela pessoa, esquecida no limbo onde estão todas as nossas antigas paixões, no arquivo-morto do coração, está namorando. Fica sabendo que a criatura está perdidamente apaixonada. Que está fazendo coisas que se negava a fazer com você. Que mudou completamente seus planos de vida. Que agora gosta daquela banda que ele dizia odiar e assiste ao programa da Hebe! :p

Nesse momento, apenas uma coisa passa pela sua cabeça: “Que merda, hem?”. Por quê? Por que se sentiu assim? Por que não segue em frente e pensa “foi bom enquanto durou”? Por que, mesmo admitindo que jamais voltaria com aquela pessoa, você sente como se estivesse sendo traído? Algo mal-resolvido, muitos irão dizer. Deve ser isso, só sei que não tem cura.

Maldito coração que não “apaga completamente os arquivos da lixeira”. Maldito coração com memória. Maldito coração que se esquece das coisas ruins. Que merda, hem coração?

Um comentário:

RoxyMcSummer disse...

Mas é bem por aí, nosso coração + cérebro têm uma mania irritante de com o passar do tempo tirar o impacto e aquela sensação das coisas ruins que acontecem. Tudo acaba sendo amenizado..

Exceto coisas traumáticas acho... sei lá. Mas que sempre bate uma felicidadezinha quando é ao contrário ninguém pode negar. Tipo ver o ex com uma baranga, ou como a gente já falou aqui no blog qdo ele próprio embaranga hehehe

bjooo