quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Escrever e falar, para errar, é só começar!

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Mais uma participação de Wednesday, you go girl!

Quando vou falar ou escrever, para não errar muito, procuro usar duas regras (criadas por mim, eheheh), são elas:

1ª- Se não entendeu, não repete.

2ª- Se está em dúvida quanto à ortografia ou significado exato da palavra, substitui por outra!

Confesso que sou aquele tipo de pessoa que corrige as outras (só as mais chegadas, claro!). É, para muitos, sou um ser chato e desagradável, mas é mais forte do que eu... Às vezes, preciso me segurar para não corrigir pessoas com as quais não tenho a menor intimidade, chega a dar uma coceirinha na língua. Falando nisso, lembrei de um ex-colega de trabalho, ele falava (e deve falar ainda!) “por causa que”... Putz, depois de uns dois anos, ouvindo essa expressão quase diariamente, eu sentia vontade de gritar na orelha dele, chegava a imaginar a cena, ele falando e eu interrompendo aos berros: - Criatura, é “porque” ou “por causa”, não existe “por causa que”! Nunca tive coragem, graças a Deus!


Ultimamente, tenho lido e ouvido tantas “pérolas”... Três situações recentíssimas ilustram bem isso, foi uma, praticamente, atrás da outra, talvez isso tenha me feito pensar mais no assunto. Então, vamos aos fatos, antes, porém, esclareço que não vou seguir a ordem cronológica dos acontecimentos.


1º Fato: Na quarta-feira passada, fui jantar em um restaurante italiano. Estava lá, esperando a bebida, quando visualizei, no cantinho da mesa, um papelzinho. Era um cupom, que tinha por finalidade coletar dados dos clientes para envio de cortesias em datas especiais, No rodapé, havia a seguinte frase: “As informações acima são restritamente confidenciais.” Hein? Ãh?! Não seria “estritamente”?! Quando cheguei em casa, fui em busca de um “amansa burro” para conferir. Tem coisas que são tão absurdas que deixam a gente em dúvida. Até coloquei no “google” a expressão “restritamente confidenciais”, e ele “disse”: Você quis dizer: “estritamente confidenciais.” Êêê, eu estava certa!

(Falando em absurdos, lembrei de uma conhecida que certa vez perguntou se “árvore” tinha acento. Alguém, rapidamente, respondeu: - Sim. E ela: - E árvores? A pergunta foi tão absurda que provocou um silêncio geral! Na hora cheguei a ficar confusa, não conseguia entender a dúvida dela, achei até que fosse uma piada! Infelizmente, não era!)


2º Fato: Uns dias antes do fato anterior, fui jantar na casa de um casal de amigos, chegando lá, vi um bilhete sobre a mesa, era da empregada, não resisti, li todinho (ô coisa feia, sou curiosa e mal educada!=P)!! Para a minha surpresa (e para eu deixar de ser preconceituosa!), só tinha um errinho, uma palavra cuja grafia correta seria com “ss” e ela usou “c”. Não sei o nível de escolaridade dela, mas suponho que, no máximo (e com sorte!), ela tenha cursado até o nível médio. Até aí, tudo bem, fui lembrar desse fato, alguns dias depois, quando estava lendo o blog de uma moça, com nível superior completo e tal... No primeiro parágrafo da postagem, a criatura me manda um “excessão”!!! Bah, vá se fu**%@¨r... Fiquei com muita raiva... Pô, não tem desculpa, né, se fosse uma palavra menos usual ou se ela tivesse estudado só até a 6ª série, eu até entenderia...

(Hoje, fui dar uma conferida lá no tal blog, alguém deve ter dado um toque para a moçoila, pois, ela corrigiu! \o/)


3º Fato: No dia seguinte ao jantar com o casal de amigos, fui à farmácia (quero esclarecer que a comida estava ótima, mas o meu fígado não agüentou!). A farmácia era grande, acho que tinha uns sete funcionários, todos estavam conversando e gargalhando. Sabe como é, né, domingão, pouco movimento, então, pelo que consegui entender, o pessoal estava aproveitando para combinar um lanche na casa de um deles. Não demora muito, começam as sugestões de cardápio, um diz: - Vamos comprar umas salsichas e fazer cachorro-quente? Outra responde: - Tem promoção de salsicha no super “x”! Aí, uma infeliz, que só pode ser surda, fala: - Amo “salchicha”! Olhei para a menina do caixa, ela estava se segurando para não rir... E eu louca para pagar e ir embora, se ficasse ali, acabaria corrigindo a surdinha! Para o meu desespero, antes de ir embora, tive que ouvir mais umas três vezes ela repetir a palavra “salchicha”, enquanto todos os demais pronunciavam a palavra da forma correta, acho que na esperança de que ela percebesse o erro! (Já tentei fazer isso, diversas vezes, mas não é um bom método, é sutil demais, dificilmente as pessoas se dão conta, hehehe...)


Bom, agora, para completar, teremos novas regras na nossa língua, elas entram em vigor em 2009! É a tal da unificação da língua portuguesa, eu acho isso uma palhaçada, mas... Talvez a idéia (que a partir de agora perde o acento!) seja facilitar! Será mesmo? Eu aposto que vamos errar mais ainda! Sim, sou pessimista! :-)

2 comentários:

Adelaide disse...

eu tenho que confessar uma coisa...Quando eu vou postar, normalemente na surdina, no trabalho, eu escrevo muuuuito rápido. Sei que não é desculpa, mas o texto sai com milhares de erros. Tá certo que a maioria de digitação.

Dias depois quando eu vou ler, morro de vergonha...mas acontece..

Lois Lane disse...

Acho que alguns erros são muito comuns e perdoáveis, até quando estamos entre amigos, nunca vamos ficar falando tudo corretamente. Como a Adelaide já comentou, a pressa pode ser uma grande inimiga, ou até a desatenção. O que me irrita são erros, principalmente em textos, que mostram que a pessoa realmente lê ou escreve pouco e nem se importa em saber como é o certo. Alguns exemplos: já vi estudante de Medicina escrever jeito com "G". Não admito. Já vi muito "infelizmente" escrito "infeliSmente"; já vi "profiCional" ao invés de "profissional" num currículo pra estagiário de Jornalismo, fora outras milhares de barbaridades. Quando a pessoa não teve acesso ao estudo, tudo bem, mas tem gente formada fazendo absurdos por aí. O negócio é respirar fundo e dar graças por não ser mais um dos milhões de analfabetos ou semi-analfabetos deste país, número muito maior do que a gente imagina....